quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Participação apresentada à Mesa da Assembleia Geral

Participação

No âmbito da realização das eleições para os órgãos dirigentes do STAL, convocadas para o próximo dia 5 de Dezembro de 2007, tem-se vindo a assistir no distrito de Évora a uma sucessão de comportamentos por parte da Lista A aos órgãos regionais, que, em nossa opinião, constituem graves atropelos à lisura e transparência que devem estar presentes numa campanha eleitoral do nosso Sindicato. Estes comportamentos são tanto mais graves, pelo facto de se verificar uma utilização abusiva e continuada, de meios do Sindicato em prol da lista A, não respeitando as fronteiras entre o que é, por um lado, trabalho sindical, recursos do Sindicato, materiais do Sindicato e, por outro lado, a actividade de propaganda eleitoral.
Enumeramos de seguida, algumas ocorrências que, no nosso entender, ilustram uma forma pouco escrupulosa de actuação, que tem vindo a ser praticada desde o início do processo eleitoral e que se tem vindo a acentuar durante o período de campanha eleitoral:

No dia 27 de Novembro, no Edifício de S. Pedro, na Câmara Municipal de Évora, fomos surpreendidos por 2 candidatos da Lista A à D.R. e dois delegados sindicais, no átrio, com uma banca a distribuir a todos os trabalhadores, agendas (material do STAL nacional), uma caneta (oferta de Natal da Direcção Regional) e, junto com estes artigos, pasme-se, materiais de propaganda da Lista A aos órgãos regionais. Já no dia anterior, tínhamos constatado esta “confusão” e “oportunismo” nalgumas Freguesias do Concelho de Évora. Acresce que, nestas acções, não foi distribuido qualquer documento alusivo à Greve do próximo dia 30;

Apesar da recomendação dos órgãos nacionais para que a tradicional distribuição das agendas se verificasse apenas após o dia 5 de Dezembro, hoje, dia 28 de Novembro, em Mora, voltou-se a repetir a entrega à porta das instalações destas “ofertas” do STAL, acção para a qual, estranhamente, apenas foram “convocados” os 2 elementos da Comissão Sindical que são candidatos pela Lista A aos órgãos regionais, tendo os restantes elementos da Comissão Sindical o mais completo desconhecimento desta acção de “propaganda”.

O actual Coordenador regional, que se desloca frequentemente nas acções de campanha da Lista em que é candidato, em carro do Sindicato, e que recusou anteriormente a cedência pontual à Lista B de uma viatura do Sindicato, argumentando que o Sindicato tinha “uma greve para mobilizar”, deslocou-se hoje a Mora (na acção referida no ponto 2.) numa destas viaturas, sendo que a outra, ontem, dia 27 de Novembro, em Reguengos de Monsaraz, foi utilizada em acção de propaganda pela Lista A;

Estas atitudes, além de revelarem uma completa ausência de escrúpulos e de puro oportunismo, acentuam às claras uma prática iniciada muito antes da abertura do período eleitoral no NOSSO SINDICATO e indicia um profundo desprezo pelas mais elementares regras de funcionamento cívico e democrático.
Historiemos:
Em pleno mês de Setembro, começámos a assistir à recolha de assinaturas num documento com a actual lista A, com a indicação do mês de Outubro, utilizando informação privilegiada, uma vez que apenas em Outubro foi publicado o edital convocatório das eleições. Deste documento, fizemos chegar uma participação aos Presidentes da Mesa da Assembleia Geral e da Assembleia Regional, ainda em Setembro, fazendo prova desta fraude;

No âmbito da preparação da manifestação de 18 de Outubro, foram utilizados plenários sindicais, para a recolha de assinaturas para a actual Lista A, misturando grosseiramente uma iniciativa de mobilização para a luta com o processo de formalização de uma Lista;

Persiste em vários concelhos, com particular incidência para o concelho de Évora (exceptuando, naturalmente, os apoiantes públicos da Lista B) a requisição de Delegados Sindicais, de uma forma sistemática e de há três semanas a esta parte, com a tarefa exclusiva de acompanhamento à distribuição de propaganda da Lista A. Nesta semana, foi possível constatar em dezenas de locais de trabalho de todo o distrito, a profusão de agendas, canetas e calendários da lista A, sem que tenha sido acompanhado de qualquer documento nacional ou regional alusivo à Greve ou de informação verbal nesse sentido;

De referir que o único membro da Mesa da Assembleia Regional em funções efectivas, numa manifestação de “isenção” e “imparcialidade”, já apelou publicamente ao voto na Lista A, pelo que, a não alterar a sua postura, muito difícilmente reunirá as condições exigíveis para a normal condução do acto eleitoral em Évora;

Face ao conjunto de preocupações que naturalmente decorrem destes factos, solicitamos à Mesa da Assembleia Geral, uma análise da situação e uma tomada de posição adequada.
Apelamos também ao Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral que, em virtude da importância do acto eleitoral no distrito de Évora, e tendo em conta o contexto existente, possa fazer acompanhar este acto eleitoral por um elemento por si designado a nível nacional, no sentido de conferir uma garantia de normalidade ao acto a realizar no dia 5 de Dezembro.

5 comentários:

Paulo Esperança disse...

Escreve um Delegado Sindical apoiante da lista A, no seu blogue: “Se uma comissão sindical entender entregar as agendas e canetas, que entregue, elas já estão na posse de algumas comissões sindicais, não se esqueçam que os delegados sindicais, também têm de entregar os documentos da Direcção Nacional do STAL que são a LISTA A e não se deve fazer confusão”.
Mas o mais irónico, é que o estabelecimento da confusão foi precisamente a estratégia adoptada pela Lista A (candidata à Direcção Regional).
Bom, isso e ….os comentários verrinosos e maledicentes, a suspeição torpe, a ofensa fácil, o boato…
E claro, a incapacidade de aduzir ao debate novas ideias, de articular um discurso sereno na forma, mas mobilizador nos conteúdos!
Em vez de clarificar, o propósito da lista A é confundir!
Em vez de acalmar, a intenção da lista A é provocar!
Em vez de respeitar, o objectivo da lista A é ofender!
Por isso no dia 5 de Dezembro temos que estar vigilantes e ser exigentes! Porque quem adopta comportamentos destes em campanha eleitoral, é previsível que adopte outros muito piores nas eleições.

Anónimo disse...

Bem parece que clarificar situações é o que a lista A não faz.
Que o digam alguns candidatos da Lista A que não fizeram greve.
Pela boca morre o peixe...miúdo!

Rogério Duarte Silva disse...

Ao contrário de algumas Comissões Sindicais, em Borba decidimos apenas oferecer os materiais do STAL depois das eleições de 5 de Dezembro. Fizemo-lo conscientes que isso era a decisão mais correcta, respeitando as orientações da Direccção Nacional, os nossos principios e os trabalhadores.
É pena que nem todos assumam as responsabilidades que têm num processo deste tipo. É pena que para alguns isto seja apenas uma diversão. Exemplo disso a colagem ridicula, infantil e disparatada ao Doutoramento do camarada Carvalho da Silva?????
Sinceramente!

Anónimo disse...

Concordo que é um orgulho para qualquer trabalhador, que o seu lider sindical, tambem ele um operário, consiga atingir niveis intelectais superiores, tendo como base de apoio a sua inteligência, mas tambem a sua capacidade de luta, e de entrega a uma causa.
Sem querer ser herdeiro de ninguem, acredito que é essa mesma capacidede de luta que faz com que a lista B, seja a minha lista.
Se considerar-mos algumas acusações de carís politico, feitas pela lista A, a aparente, mas intencional incongruência desta colagem, reflete não apenas a falta de etica, mas um claro sentimento de que eles acreditam mesmo que os trabalhadores não têm nem ideias próprias, nem capacidade de descernimento.
Continua a haver trabalho a fazer. Chamo á atenção dos que como eu, não estando envolvidos no trabalho de candidatos, são de fundamental importância, no esclarecimento do companheiro do lado, do colega da "sueca", ou do amigo do copo.

O voto na lista B, é um voto consciente.

"Unidade na acção. A força dos trabalhadores".

Paulo Esperança disse...

Comentário ao comentário do Sr. Albino Carrasquinho
Caro camarada, passada que está a greve de dia 30, parece-me agora oportuno dar resposta às questões que colocou no blogue da lista que apoia, no dia 29 de Novembro.
Creio que a participação que apresentámos à Mesa da Assembleia-geral no dia 28, é completamente clara a propósito da nossa posição, sugerindo-lhe pois uma leitura atenta.
Devo ainda acrescentar que:
1. Não tive conhecimento de qualquer reclamação de nenhum camarada, cujo nome tenha sido divulgado como apoiante da lista B, sem a sua autorização. Ao contrário, muitos camaradas manifestaram-me alguma tristeza por não ver o seu nome integrar a referida lista!
2. Creio que a vossa estratégia, no que diz respeito a este assunto, foi a de tentar descredibilizar o nosso documento, lançando para o ar (mais uma vez de forma anónima) suspeições a propósito da sua veracidade. Tendo em conta os apoios que recebemos de muitos e muitos associados do STAL (reveladores do entusiasmo que a nossa candidatura suscitou), parece-me correcto afirmar que o vosso “estratagema” não surtiu qualquer efeito!
3. Relativamente aos conteúdos do vosso blogue, mesmo o mais distraído poderá verificar, que sempre deram guarida aos comentários mais ofensivos e alarves: alguns anónimos, muitos do nosso camarada …(de que todos sabemos o nome), que se desdobrou em dezenas de heterónimos, numa fúria de inventar personalidades…
4. Quanto à “rábula da matrícula”, devo esclarecer que todos os pedidos que efectuamos foram formalizados em nome de um conjunto de associados do STAL concorrentes à sua Direcção Regional. E isto porque contrariamente às teorias conspirativas que tanto gostam de urdir, a lista B adoptou sempre um comportamento irrepreensível na gestão dos meios disponíveis.
5. Registo ainda o triste aproveitamento que tentaram fazer da greve. Um momento de intensa e justa luta, não deveria em momento algum servir como arma de arremesso numas eleições para um sindicato. Também aqui, e à falta de ideias, esqueceram-se do essencial: que a greve não é um fim em si mesmo; mas um meio de manifestarmos o nosso descontentamento e indignação pelas políticas injustas deste governo.
Não obstante as questões atrás elencadas (que são em meu entender motivo para uma justificada preocupação), faço votos de que as eleições decorram com correcção e normalidade, por forma a que o seu resultado possa ser a expressão da vontade dos associados do STAL.